Quadras sem nome «porque eu não quero»



Aproveitando, que ainda não arrumei o meu velho caderno, vou ainda partilhar mais uns versos, da minha meninice, aqui já um bocadinho mais crescida, e se valerem da vossa parte um sorriso, já valeu a pena estar aqui, sim porque eu tenho mais que fazer, o quintal está cheio de ervas, mas falta o melhor, que é a vontade, mas com jeito vou lá.

Quadras sem nome «porque eu não quero»
Se passares há minha porta
não me chames têm cautela
a minha Mãe fica à espreita
encostadinha à janela.

A bilha já está cansada
de tanta água acartar
já fui três vezes à fonte
só para te ver passar.

Quando fui à mercearia
com teu pai eu me cruzei
bastante vontade tinha
mas sogro não lhe chamei

À festa de S.João não pude ir
fiquei em casa
só espero que tu não vás
a outra arrastar a asa

O carteiro é maroto
vou corrê-lo à pedra um dia
foi dizer á minha Mãe
as cartas que eu recebia.

Tenho aqui uma vizinha
não sei porque ela é assim
não sabe guardar a filha
e quer-me guardar a mim.

Eu por tanto gostar dela
já fiz uma profecia
que ela viva cem anos
e engorde um quilo por dia.

Agora fico por aqui, os versos são mais, isto é só uma amostra, devem de estar os meus amigos, a pensar, se são realidade ou fantasia, mas também já foi há tanto tempo, que não me lembro, mas só para vos dar uma dica, este carteiro era natural da Charneca, e quando eu já estava no café, portanto casada há nove anos, ele entrou, pediu-me um café, eu mandei-o dar uma volta ao «bilhar grande» e não lhe vendi o café, felizmente nunca lá voltou, tirou-me o trabalho de o voltar a pôr na rua, estão a ver meus amigos, isto é mesmo o meu mau feitio, e agora meus amigos mais novos, já viram como, sem, facebook, sem televisão, a minha mocidade era uma animação, vejam lá se conseguem divertir-se assim. Vou parar de vos maçar. Muita saúde e paz para todos os meus amigos, vamos passando por aqui.
 Obrigada
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