1 de Janeiro de 2018


1 de Janeiro de 2018

Hoje voltei a pegar no meu caderno, encontrei uns versos que escrevi quando se aproximava a chegada do ano dois mil, numa altura que se ouvia dizer, a dois mil chegarás, de dois mil, não passarás, muita gente ouvia isso como uma sentença de morte, mas a verdade, é que seria humanamente impossível, viver de dois mil até três mil, e eu nessa altura escrevi estes versos que tirando a data continuam actuais. Por mim o ano dois mil, foi o ano em que também julguei que seria o último, mas na verdade ou não tinha chegado a minha hora, ou ainda teria contas a fazer com a vida, uma coisa é certa, deveria ter estado tão perto da partida, que renasci, com outro modo de pensar, nunca mais vivi com planos, penso sempre num dia de cada vez, pois não sei se amanhã vou acordar.

Ano dois mil .

Vamos chegar ao dois mil
anda tudo em euforia
parece que o mundo acaba
logo no primeiro dia .

Diz quem chegar aos dois mil
corre aí de boca em boca
daí já não passará
isto é conversa louca .

Pois quem disto se lembrou
não sei que contas fará
queria chegar aos três mil
e ainda andar por cá?

Realmente acabará
para os que vão partir
mas também vai começar
para os que estão para vir .

Quando chega a meia-noite
muitos votos e promessas
mais um bolo e um copinho
já não passa das conversas.

Muitos vão fazer dieta
outros deixar de beber
mas o primeiro passo a dar
é a promessa esquecer.

È tudo paz e amor
até parece verdade
mas logo no outro dia
é outra a realidade .

Os grandes que nisto mandam
prometem mudar o mundo
mas o que fazem melhor
é os buracos sem fundo .

Por isso é que não prometo
que algo em mim vá mudar
tenho este mau feitio
não o consigo alterar .

Rosa Borges Simões.

Meus amigos, para todos os meus votos, de que o novo ano vos traga tudo o que desejam e merecem, uma boa noite e obrigada por todos os momentos que partilha-mos.

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