Rancho Folclórico Os Saloios da Póvoa
Amigos boa noite, hoje fui até outro baú
de memórias, porque há dias uma grande amiga, falou-me nos nossos tempos de
menina e mostrou-me uma foto com muitos anos, e então hoje resolvi publicar
estas lembranças, eu bem digo que qualquer dia vou abrir um museu, então estas
fotos são dedicadas à minha amiga, e também ao Rancho Folclórico Os Saloios da
Póvoa da Galega porque duas fotos são do inicio do Rancho essa saia preta e
camisa branca, foi o primeiro traje, o outro fato de Severa não têm nada a ver
com o Rancho, é apenas uma brincadeira com a minha amiga, e aproveitando que
andei a remexer as memórias, vou publicar uns versos escritos em 1968 quando do
inicio do rancho.
Um dia o Senhor Higino
que é danado para brincar
disse, vamos lá fazer um Rancho
pôr esta malta a dançar
A Sofia filha dele
sempre pronta a ajudar
com aquela malta nova
começou logo a falar
Os versos ele arranjou
pois para isso tinha jeito
agora era preciso
quem os canta-se a preceito
Na casa do Sr Lucha
lá fomos pois ensaiar
o João Manel acordeonista
e a Conceição a cantar
Ao chegar ao Carnaval
já prontos a desfilar
pelas ruas da nossa terra
fomos cantar e dançar
Passaram-se bons momentos
sempre alegres e a brincar
a mim não me correu bem
meu sonho vi terminar
Porque morreu minha avó
do Rancho tive que sair
a família está de luto
não me posso divertir
Não achei graça nenhuma
mas tenho que respeitar
a minha avó é que morreu
e eu é que não posso dançar
Aos meus colegas do Rancho
um recado vou deixar
a vida é para se viver
toca pois a aproveitar
Como podem ver meus amigos, dizem que
recordar é viver deste jeito nunca mais morro, mas não tenho essa pretensão
apenas gosto muito de partilhar estas, memórias para que não se percam tão rapidamente
sei que aos mais novos estas lembranças não dizem nada, mas há sempre alguém
que gosta. Por hoje termino com votos de uma boa noite a todos os amigos.
E, tu minha amiga fica sabendo que andei
meia hora à procura do fato da Severa, mas a nossa amizade vale isso e muito mais.
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