A Menina e a Esperança

 


Era uma vez uma menina, que queria saber o que era a esperança.

Depois do ouvir a sua mãe dizer muitas vezes a uma tia doente que, é preciso ter esperança, foi perguntar ao seu irmão, que era mais velho cinco anos, e muito maroto, o que era isso da esperança que a mãe tanto recomendava à Tia Francisca?

Ele muito risonho respondeu: sei lá rapariga, deve ser alguma coisa que se vende na loja da Ti Hortelinda.

Como ficou sem saber, resolveu perguntar à mãe se era algum remédio para a Tia, a mãe depois de pensar um pouco, mal sabia ler, decerto estava a pensar na melhor maneira de se fazer entender, por uma criança que quer saber tudo e só faz perguntas difíceis, respondeu: a esperança é como uma flor que temos cá dentro, vamos regando e cuidando dela para não secar, se a tratarmos bem ela vai sempre crescer para nos ajudar e dar alegria.

Ó mãe, mas isso é mentira, eu não acredito, não podemos ter flores cá dentro da barriga.

Ai não acreditas? Então tu não dizes que falas com os passarinhos, com os coelhos e que eles te respondem? Até dizes que falas com as formigas, e eu acredito em ti. Ficou calada, tentando entender, vencida, mas não convencida. Sabia que tinha que acreditar na mãe, a sua mãe não era mentirosa.

 A menina na altura não percebeu muito bem o que tinham a ver as suas fantasias com aquela da esperança.

Quando descobriu as semelhanças, agradeceu à vida pela família que lhe deu.

Hoje quero desejar a todos os meus amigos, que continuem a tratar da flor que nasce "cá dentro" mas que tem que ser regada e alimentada todos os dias, sem ela não conseguimos superar este pesadelo que nos persegue.

 

 

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