Chove Chuva Miudinha
Mais um dia de chuva, pode ser incómodo para algumas pessoas eu por mim não me queixo, fiz a minha caminhada na mesma é certo que me molhei um bocadinho, mas nada de mais. Passei o resto do dia fechada em casa, mas paciência haverá quem esteja bem pior, fui dar a volta ao baú e trouxe uns versos que escrevi há mais de cinquenta anos, também num dia de chuva com certeza, galinha de campo não quer capoeira e isto já vem de longe, mas mesmo sem sair fiz umas fotos para fazer o trabalho do dia, e que bem que está o meu Adamastor.
Chove chuva miudinha
Molha o tolo e molha o esperto.
Não me vai molhar a mim
Que tenho o chapéu aberto
Já ouço ao longe o barulho
Já lá vem a trovoada
Na força da natureza
O homem não manda nada.
A chuva não parte o osso
Já dizia o meu avô
Chega sempre em boa hora
Foi o céu que a mandou
Já chove na minha rua
Já lavou a minha porta
Aqui já não é precisa
Já pode ir regar a horta.
Diz que não se quer molhar
Cá para m é um medricas
Também foge do luar
Estou cansada da chuva
E...farta de estar fechada
Eu sei que posso ir para a rua
Mas fico toda molhada.
Diz que é bom dançar à chuva
Mas eu não vou experimentar
Além de dançar sozinha
Ainda me vou constipar.
Pois é
meus amigos, mais uma folha do meu velho caderno que partilho convosco, se
alguma vez ao escrever, a maioria das vezes a lápis, eu imaginava que ainda
iria estar aqui numa geringonça destas a mostrar ao mundo estas patetices, ou o
mundo avançou muito depressa ou eu já nasci há muitos anos, é uma diferença
abismal. Como posso não ser optimista sinto-me privilegiada, por poder viver
esta enorme mudança. Só espero e desejo que todo este pesadelo que estamos a viver,
depois de tanto sofrimento, traga nova luz ao mundo. Que seja para o bem das
próximas gerações, que tal como eu digo hoje, os meus descendentes digam que
são felizes por acompanhar a diferença.
Uma boa
noite para todos. Muito obrigada pela vossa companhia.
Bem -
Hajam.
Comentários
Enviar um comentário