O Vento


Hoje ao ouvir o vento que já desde ontem tem teimado em andar por aqui a passear e a deitar os vasos ao chão, lembrei-me de uns versos a falar nele, porque um dia numa conversa um pouco acalorada com um senhor que me queria impingir a sua «banha da cobra “quando eu lhe disse que era como São Tomé, tinha que ver para crer, ele perguntou-me se algum dia vi o vento e não é que o homem tinha razão, afinal eu nunca vi o vento e acredito nele, mas mesmo assim, dando a mão à palmatória, ele não me conseguiu convencer no assunto que me queria fazer acreditar, ele ficou com a ideia dele e eu com a minha.

O Vento.

São para mim duas teimas
que tenho sempre presente
acreditar no que vejo
e no que o coração sente.

Perguntam se estou certa
claro que acho que não
é apenas o que penso
não sou dona da razão.

Mesmo que já bata mal
não o consigo enganar
se o meu coração não gosta
impossível, eu gostar.

Perguntaram certo dia
se eu sabia responder
como acreditar no vento
se não o consigo ver.

O desafio estava feito
tive que ficar calada
e pensei só para mim
afinal estou enganada.

Palavras voam ao vento
sempre assim ouvi dizer
mas a verdade é só uma
eu não soube responder.

Mas ao caminhar na rua
vejo uma folha a fugir
se eu não vou atrás dela
quem a vai a perseguir?

De repente olho para o céu
vejo as nuvens a passar
será que é o que penso
é o vento a empurrar?

Todos os dias se aprende
se quisermos aprender
há sempre uma boa razão
para o que nos acontecer.

A vida é um livro aberto
que devemos partilhar
e as contas que fizermos
acabamos por pagar.

Pois é amigos, e vocês já viram o vento? Pois! Sente-se mas não se vê, não é verdade? Tal como muitas outras coisas, a dor, a saudade, a maldade etc,etc,etc.
Uma boa noite para todos, e não sei se foi com medo de mim, mas parece que o vento foi «pregar para outra freguesia»

Obrigada pela vossa companhia. Bem Hajam.

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