Ano Dois Mil.

 

Hoje voltei a pegar no meu caderno, encontrei uns versos que escrevi quando se aproximava a chegada do ano dois mil, numa altura que se ouvia dizer, a dois mil chegarás, de dois mil, não passarás, muita gente ouvia isso como uma sentença de morte, mas a verdade, é que seria humanamente impossível, viver de dois mil até três mil, e eu nessa altura escrevi estes versos que tirando a data continuam actuais. 

Por mim o ano dois mil, foi o ano em que também julguei que seria o último, mas na verdade, ou não tinha chegado a minha hora, ou ainda, teria contas a fazer com a vida, uma coisa é certa, deveria ter estado tão perto da partida, que renasci, com outro modo de pensar, nunca mais vivi com planos, penso sempre num dia de cada vez, pois não sei se amanhã vou acordar.

Ano dois mil.

Vamos chegar aos dois mil

anda tudo em euforia 
parece que o mundo acaba 
logo no primeiro dia .

Diz quem chegar aos dois mil 

corre aí de boca em boca
daí já não passará
isto é conversa louca .

Pois quem disto se lembrou

não sei que contas fará
queria chegar aos três mil
e ainda andar por cá?

Realmente acabará

para os que vão partir 
mas também vai começar
para os que estão para vir .

Quando chega a meia-noite 

muitos votos e promessas 
mais um bolo e um copinho 
já não passa das conversas.

Muitos vão fazer dieta 
outros deixar de beber 
mas o primeiro passo a dar 
é a promessa esquecer.

È tudo paz e amor 

até parece verdade 
mas logo no outro dia 
é outra a realidade .

Os grandes que nisto mandam 

prometem mudar o mundo 
mas o que fazem melhor 
é os buracos sem fundo .

Por isso é que não prometo 

que algo em mim vá mudar 
tenho este mau feitio 
não o consigo alterar .

Meus amigos para todos os meus votos, de que o novo ano vos traga tudo o que desejam e merecem, uma boa noite e obrigada por todos os momentos que partilha-mos.







 

 

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