Erva daninha



Boa noite amigos aqui estou para ocupar um pouco do meu tempo, e quem sabe do vosso também, mas isso já é opção vossa, mais uma folha, daquelas que eu escrevia sentada no degrau da minha porta, no tempo em que era raro passar um automóvel, mas onde passavam muitas carroças e muitas pessoas para o trabalho, falar na minha terra já perceberam, que é dos temas que mais gosto.

Erva daninha

Como é bom sair à rua
e conhecer toda a gente
vantagem de ser da aldeia
que só quem cá vive sente

Ver as crianças na rua
muitas delas sem brinquedos
mas estão felizes da vida
com alegria e sem medos

Andar descalça na rua
e lavar os pés no rio
a ouvir os passarinhos
a cantar ao desafio

Apanhar flores no mato
para a casa enfeitar
o difícil é escolher
pois são lindas de encantar

Mas ao colher uma flor
vejam bem que sorte a minha
julgava colher um lírio
era uma erva daninha

Meti-a no meio do ramo
levei-a à mesma para casa
quem sabe se junto às outras
ela não se transformava

Numa jarra bem bonita
pus o ramo com cautela
mas ela de tão daninha
ferrou-me uma picadela

Por muito boa vontade
que qualquer um possa ter
erva que nasce daninha
é daninha até morrer.

Pois é amigos hoje já não conheço todas as pessoas como naquele tempo, mas continuo a dizer bom dia, ou boa tarde, sempre que passo por alguém na rua, mas a verdade é que a maioria, não me responde, mas como sou teimosa, quando não me respondem, respondo eu, bom dia também para si, depois aí a maioria das vezes, ficam a rezar sozinhos, quer dizer eu não os entendo, não querem gastar duas simples palavras e depois, possivelmente, gastam um vocabulário inteiro, para me tratarem mal sem eu ouvir, enfim é o preço que se paga em nome do progresso.
Termino com votos de uma boa noite e muito obrigada pela vossa companhia.

5 de Dezembro de 2017


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