FESTA DA MINHA TERRA

GENTE DA MINHA TERRA

 

Quem é que ouviu a alvorada às 7h da manhã?

Eu, euzinha, e saltei da cama a correr e fui à porta da cozinha, (é a única que a casa tem) nem dei pelo cheirinho que vinha da cafeteira do café, acabadinho de fazer, que ainda está em cima do brasido do forno.

"Ó rapariga onde é que vais nesse preparo?"

Vou só espreitar à eira para ver os festeiros em cima do depósito da água na Serrita a deitar os foguetes, e correr atrás dos borreguinhos e dos cabritos que fogem pela quinta com medo do barulho, e as galinhas? É uma barulheira que fica tudo animado logo de manhã.

Quando pararam fui beber o café e comi uma fatia de pão (cozido ontem) com manteiga.

De seguida fui espreitar a rua, em cada porta está um molho de murta, que foi apanhada ontem.

Ó Mãe, deixe-me ir espalhar a murta.

"Ó rapariga sossega, é só amanhã antes da Banda, senão à tarde quando a Nossa Senhora passar já não tem graça nenhuma".

Então fui verificar as cores das bandeiras da rua, à porta do Ti Jacinto está uma bandeira de Portugal, porque o largo é muito grande, tem uma bandeira maior, aqui à esquina da quinta é amarela e encarnada, no Vale Vagão é verde e castanha, à porta da Senhora Candeias é azul e amarela e não vou ver mais nenhuma que a minha Mãe já me está a chamar para ir dar comida aos coelhos, eles não querem saber da festa.

E assim começava a festa da Nossa Senhora do Bom Sucesso.

De recordações também se vive.

 Viva a Póvoa da Galega.

Viva o Clube Desportivo Povoense

que nos proporciona este manter da tradição, adaptada aos novos tempos, mas sempre apoiada nas nossas raízes.

Muito obrigada, rapaziada.

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